terça-feira, 5 de novembro de 2013

Leitura do Livro Um mês para Viver - 12º Dia

Resolvendo os conflitos por meio de uma luta justa
Eles podem esquecer o que você disse, mas nunca esquecerão como você os fez sentir-se.
(Carl W. Buechner)

Como agimos em meio aos conflitos?
Alguns relacionamentos podem ser comparados a uma luta de boxe. Duas pessoas em um combate, onde uma tem que vencer. Será que é simplesmente assim a forma como gerenciamos nossos conflitos? Problemas deste tipo são inevitáveis, enquanto duas pessoas imperfeitas continuarem se relacionando! Ou seja, sempre iremos nos deparar com conflitos! Para isso, precisamos aprender a lutar lutas justas, e principalmente, ter a consciência de que devemos ficar no ringue até encontrar solução, e não fugir pelas cordas laterais.

No boxe, existem alguns tipos de lutas, que se parecem um pouco com algumas táticas que infelizmente adotamos para gerenciar nossos conflitos, ao invés de encarar a dor as vezes necessária para encontrar uma solução.
O primeiro tipo é o rope-a-dope, onde um dos lutadores somente se apoia as cordas e fica se defendendo, enganando o adversário e esperando o momento que as energias do outro acabam. Pessoas assim fogem de qualquer forma dos conflitos - e o resultado é um relacionamento superficial, que nunca chega à intimidade.

Em seguida vem rei do nocaute, que se considera o mais forte - e o mais certo - e luta até a pessoa desistir. E então, o resultado é que o com menos expressão acaba abandonando a luta.

Depois temos o lutador desistente, que abandona o conflito rápido, criando uma falsa paz no ambiente e um orgulho perigoso em quem 'ganha'.

Temos também o um-dois, ou o "toma-lá-dá-cá", onde uma hora você ganha, outra hora eu ganho. Pode soar como bom, mas o conflito nunca é resolvido.

Mas a melhor forma de relacionar é através da forma de parceiros no ringue. Nele, os parceiros decidem ajudar o outro. Decidem permanecer no ringue e fora das cordas, buscando resolver o conflito, por mais difícil que seja a situação. Eles percebem que o relacionamento é mais importante que o problema em discussão e entendem que o processo é mais importante que a solução.

Ao invés de assumir uma postura de luta, podemos seguir algumas regras básicas para uma luta justa, que devem se aplicar a todos os nossos relacionamentos.
Lembre ao seu companheiro que vocês estão em busca de uma solução, não em busca de um culpado. Reafirme seus sentimentos, e deixe seu amigo saber que você está disposto a suportar sentimentos desagradáveis que acompanha o confronto porque você valoriza a amizade.

Coloque a proteção na sua boca, assim como no boxe! As palavras cortam fundo e a ferida pode permanecer por vários anos. Comprometa-se, antes do calor da luta, que algumas palavras ou posturas deverão ser evitadas. Isso não significa que vocês não vão chegar ao cerne do conflito, mas ser sincero não é sinônimo de ser agressivo.

Ataque as questões, e não o outro. A reconciliação nunca será alcançada com os dois na ofensiva.
Controle seus sentimentos, expresse-os; mas não deixe que eles se tornem a causa do conflito.
Não traga coisas do passado para o presente, mesmo que isso seja tentador!

E, por último, mas o mais importante - traga Jesus par ao ringue.
Não dizendo a Ele: "Me ajude a vencer essa discussão", mas pedindo sabedoria, humildade, controle e direção. Ele soube expressar seus sentimentos sem ferir ou pecar. Ele é o melhor modelo para resolução de conflitos.

Qual foi o ultimo conflito que você teve com alguem que ama? Você preservou as regras básicas ou buscou adotar um dos tipos de luta citados? Ore e peça a Deus ajuda para lutar de forma justa, sabedoria para lidar com os conflitos e amor para respeitar e preservar a individualidade do outro.

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